Os jogadores do Vitória, Ruan Costa (sub-20) e Luan Gabriel, da equipe de aspirantes (sub-23), foram vítimas de um golpe na internet ao comprar celulares. Os atletas pagaram quase R$ 12 mil por aparelhos importados que deveriam ser entregues após a comprovação de pagamento. Devido à fraude, Ruan e Luan processaram o proprietário da empresa e jogadores que fizeram propaganda para a marca em troca de celulares e acessórios.
A companhia processada pelos jovens atletas é a WS Imports, de propriedade de Wesley de Melo Monteiro, o Roman. A empresa tem sede em São Paulo e comercializa os aparelhos por meio do Instagram.
Para obter os celulares, Luan Gabriel fez um depósito no valor de R$ 6.022 para a empresa no dia 28 de fevereiro. Já Ruan Costa transferiu R$ 5.800 no dia 2 de março. No entanto, enquanto esperavam os aparelhos, eles perceberam que Roman enviou códigos de rastreamento inválidos para os compradores acompanharem a entrega.
Após não conseguirem os celulares, os jogadores fizeram um boletim de ocorrência na 10ª Delegacia Territorial (DT/Pau da Lima), em Salvador, e uma denúncia à Promotoria de Justiça de São Paulo.
Jogadores processados
Além de processar Wesley de Melo Monteiro, proprietário da WS Imports por estelionato, Ruan e Luan também processaram jogadores que fizeram propaganda para a empresa como o atacante Fernandão, do Bahia, o meia Camilo, ex-Botafogo e Internacional (hoje no Mirassol), o atacante Geuvânio, do Tianjin Quanjian e o ex-jogador Tinga, ex-Internacional e Seleção Brasileira.
O argumento da defesa de Luan e Ruan é que os atletas citados no processo referenciaram e deram credibilidade a uma empresa que eles desconheciam em troca de produtos. Desta forma, o ajudando a praticar golpes.
A equipe do Portal A TARDE tentou contato com o atacante Bahia, Fernandão, mas até a publicação desta reportagem não conseguiu uma resposta.
Danos morais
O advogado dos atletas do Vitória também foi procurado pela reportagem e afirmou que as partes citadas no processo responderão por danos morais. O caso está na promotoria de Bauru (SP) e conta com uma audiência marcada para o dia 1° de junho.
Além disso, ele também informou que na última quarta-feira, 11, Roman procurou os dois jogadores por meio do Whatsapp prometendo o ressarcimento dos valores pagos pelos celulares. No entanto, como o processo já está em andamento, as vítimas não aceitaram o acordo proposto e irão esperar uma decisão definitiva na Justiça.
A reportagem também não obteve êxito ao contactar o proprietário da empresa para se pronunciar sobre o caso.