O São Paulo bateu o Flamengo de forma categórica na tarde desse domingo e se afastou da zona de rebaixamento. Mas, na saída de campo, mais do que comemorar os três pontos no estádio do Pacaembu, os jogadores tricolores se cobraram para que a equipe, enfim, consiga engrenar uma sequência de bons resultados e que o triunfo sobre os cariocas não seja só mais um em que acaba esquecido rapidamente por causa de uma atuação discrepante na rodada seguinte.
“Talvez seja a nossa principal deficiência no campeonato inteiro. Isso precisa ser corrigido. Mas temos que valorizar a vitória, porque é um dos grandes clássicos nacionais. O Flamengo é uma grande equipe, com jogadores a nível de Seleção. A equipe jogou bem, soube segurar o resultado, soube não levar gol. Coisa que também acontecia constantemente na competição”, alertou Petros, em entrevista ao Premiere.
Sidão, que apareceu com duas grandes defesas nos minutos finais, admitiu uma reunião entre os atletas para tratar essa oscilação e espera que a postura se mantenha, principalmente fora de casa. Vale lembrar, no entanto, que o próximo desafio do São Paulo é contra o Santos, de novo no Pacaembu e como mandante.
“Essa cobrança não foi só contra o Fluminense, são todos os jogos fora de casa. A gente joga bem em casa e fora joga muito diferente, digo na questão de intensidade, de entrega. A gente tem se cobrado mais nisso”, explicou o goleiro, antes de detalhar a estratégia adotada contra o Flamengo, nesse domingo.
“A gente cobra, grita aqui, para que a zaga saia, não dá para sair vendido, eles têm qualidade e a gente acaba se exposto de forma desnecessária. Acabamos marcando um pouco mais atrás. Funcionou”.
E funcionou muito por causa da entrada de Jucilei. Dorival apostou no volante como principal protetor à zaga, dando mais liberdade para Petros e com a saída de Lucas Fernandes da escalação titular.
“Sabemos que não podíamos tropeças, a rodada era importante para nós, diante de um time qualificado, estávamos focados em fazer uma grande partida”, comentou Jucilei, minimizando sua atuação individual.
“Jogador sempre quer jogar, o Dorival tem as escolhas dele, tenho de ser profissional, como fui, treinar duro e forte. O Dorival falou para mim: ‘chegou sua oportunidade’. Na minha posição, protegendo a defesa, graças a Deus fiz uma boa partida e pude ajudar”, comentou. “Não mostrei nada, não é mostrar. É fazer o meu trabalho bem feito, o São Paulo é maior que isso tudo”, concluiu o jogador.