Metas de receita a bater, boas propostas na mesa, pouco dinheiro para gastar na frente e um Brasileirão para terminar às vésperas da próxima temporada.
É com base nessas situações que o Flamengo se equilibra entre o planejamento do departamento de futebol e as exigências orçamentarias na condução das negociações envolvendo Everton Ribeiro, Michael e Léo Pereira. Na reta final da janela de transferências para o exterior, o clube soma R$ 42 milhões dos R$ 50 milhões exigidos para caixa neste início de temporada.
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Everton Ribeiro durante treino do Flamengo — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo
Em reunião na Gávea no dia seguinte ao revés para o Ceará, o futuro de Rogério Ceni não foi a única pauta entre Rodolfo Landim, BAP, Marcos Braz, Bruno Spindel e conselho do futebol. O tom foi de cobrança para que a meta estabelecida para janeiro fosse cumprida, além de ser reforçado que desde setembro o clube tapa buracos para cumprir os compromissos do futebol.
Vendas do Flamengo em janeiro em reais:
- Yuri César: R$ 31.2 mi (já descontado R$ 1.15 mi pagos ao Fortaleza)
- Lincoln: R$ 16.2 mi
- Total bruto: R$ 47.4 mi
- Total líquido: R$ 42 mi
- Meta para janela: R$ 50 mi
Com a pandemia, uma série de receitas do Flamengo reduziu. O espaço da manga da camisa segue sem render dinheiro, o sócio-torcedor perdeu um número grande de adesões e a bilheteria teve impacto grandioso. O tão conhecido conflito entre Gávea e Ninho do Urubu ganhou novos capítulos com o cabo de guerra tendo a renovação de Diego Alves como disputa principal.
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Neste cenário, o vice de finanças Rodrigo Tostes passou a exercer papel principal e de rigidez. Foi ele quem estabeleceu limites para as conversas com o goleiro e é quem adotou postura inflexível na maioria das pautas envolvendo receitas e despesas.
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Lincoln foi negociado por 3 milhões de dólares — Foto: ANDRÉ DURÃO