Pleno do STJD reduz para dois jogos de suspensão pena de Mano Menezes por ofensa a árbitro

O técnico Mano Menezes, do Bahia, teve pena reduzida pelos fatos ocorridos na partida contra o Fluminense, pela 15ª rodada da Série A. Na ocasião, Mano ofendeu a arbitragem e, em julgamento da 1ª Comissão Disciplinar, realizado em novembro, foi punido com quatro jogos de suspensão.

Nesta quinta, foi realizado o julgamento do recurso feito pelo Bahia em defesa do treinador. Mano acolheu sugestão oferecida pela Procuradoria para cumprir duas partidas de suspensão e as duas restantes substituídas por multa de R$ 50 mil, sendo metade destinada a duas instituições, além de realizar um vídeo se retratando pelas ofensas.

Mano Menezes, portanto, está fora dos dois próximos jogos do Bahia no Campeonato Brasileiro, contra Flamengo e Internacional.

Mano Menezes foi enquadrado no artigo 243-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de ofender alguém em sua honra, por ter xingado o árbitro após a derrota por 1 a 0 para o Fluminense. A pena varia de quatro a seis jogos de suspensão e ainda prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil.

Os xingamentos de Mano Menezes foram relatados na súmula da partida pelo árbitro José Mendonça da Silva Júnior.

Técnico pode ficar fora das próximas quatro partidas do Bahia na Série A — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação

– Informo que após o encerramento da partida, já no vestiário do estádio, tomei conhecimento de que o técnico da equipe Esporte Clube Bahia, senhor Luiz Antônio Venker Menezes, adentrou o campo de jogo proferindo as seguintes palavras aos seus atletas se referindo a minha pessoa: “deixa esse vagabundo aí, não quero que reclame com vagabundo não. Deixa roubar! ” pude constatar tal ato através de imagens gravadas da transmissão da partida e me senti ofendido em minha honra.

Em entrevista realizada após o ocorrido, Mano Menezes pediu desculpas.

– Um técnico da minha trajetória tem que saber que, mesmo em momentos difíceis, em que até você pode achar que está certo, o limite da educação não pode ser ultrapassado e eu ultrapassei. Repito: peço desculpas por isso – afirmou à época.